Postagens

Mostrando postagens de fevereiro, 2018

CAPÍTULO 10

Chegar em casa foi um imenso alívio para Raymara. A menina olhou pela janela da frente da casa, disfarçadamente, e não avistou a mãe. Retirou novamente a sandália dos pés e abriu a porta com muito cuidado. Entrou bem devagar, esticou o pescoço, tentando ver se alguém estava na cozinha e, ao perceber que não, seguiu na direção da escada. Do topo da escada, apertou o passo até chegar ao seu quarto. Respirou aliviada assim que entrou e fechou a porta. Caso a mãe perguntasse algo, diria que ficou ali desde que saiu do sofá. De repente ouviu a porta do quarto do irmão se abrir. Raymara decidiu sair do seu próprio quarto e, então, viu sua mãe descendo as escadas. Aparentemente, havia acabado de sair de onde o irmão estava. A menina decidiu vê-lo. Ela abriu a porta e encontrou o irmão de pé, olhando pela janela. Desta vez, nenhum gato forçava a entrada. Raymara aproximou-se. – Quero te contar um segredo, mas você não pode contar para a mamãe –, disse a menina. – Já tenho

CAPÍTULO 9

Raymara jogou-se com muita força no sofá. Era uma das suas formas de demonstrar seu descontentamento. A menina sabia que a mãe estava certa por estar preocupada, mas não havia desistido da ideia de sair de casa. Ela queria ver tudo com seus próprios olhos. A mãe pegou novamente o telefone e começou a falar com Laura, sua cabeleireira. Raymara, então ficou de olho, esperando uma oportunidade. Miriam continuava andando de um lado para o outro da sala, com o telefone ao ouvido. Finalmente, desligou. Sem sequer olhar para a filha, Miriam subiu as escadas, rumo ao quarto de Geovane, era a oportunidade perfeita. A menina levantou-se, pegou o par de sandálias com sua mão direita e, descalça, andou na direção da porta. Evitou fazer barulho na mesma medida em que se esforçou para caminhar depressa. Ao passar pela porta, a menina colocou o par de sandálias no chão, enfiou os pés neles e, finalmente, começou a jornada rumo à casa de Fábio. Foram cerca de dez minutos de caminhada, enq