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Mostrando postagens de março, 2018

CAPÍTULO 12

Eram cerca de 10h da manhã de domingo, quando um carro preto brilhante entrou na cidade pela avenida principal. Passou na frente da escola onde Fábio, Geovane e Raymara estudavam. Ali, baixou o vidro o suficiente para identificar o nome da rua que estava em uma pequena placa, grudada no muro do lugar. Continuou pela avenida, sempre checando as placas, até encontrar a rua onde as crianças moravam. Seguiu, então, por ela, para a esquerda. O veículo, claramente, reduziu a velocidade, observando a numeração das casas, até chegar ao 1447. Esta era a casa do menino desaparecido. Três homens, todos usando paletós e gravatas, desceram do veículo e foram até a porta da casa. Tocaram a campainha e aguardaram, até que uma mulher loura, de olhos castanhos, com cerca de 45 anos, veio atender. Era Glória, mãe de Fábio. – Pois não –, disse ela, não reconhecendo nenhum dos visitantes. – Bom dia! Gostaríamos de falar com a senhora Glória –, respondeu o mais alto deles, com um largo sor

CAPÍTULO 11

Geovane abriu os olhos lentamente, acordando de seu sono. Ainda deitado, olhou pela janela e viu que já era noite. Levantou-se e caminhou em direção a escrivaninha. Neste momento, ouviu o telefone tocar. Ouviu passos apressados e, logo depois, a voz da irmã atendendo. – Mamãe, é para você –, disse ela. Mais passos apressados. Geovane não conseguiu ouvir o conteúdo da conversa, mas logo percebeu que era sério. Ele ainda estava sonolento. Abriu a porta do quarto e caminhou até o banheiro. Ali, escovou dentes e tomou banho. Voltou ao quarto e vestiu uma roupa limpa. Finalmente desceu as escadas rumo a sala. Não havia comido nada desde o café da manhã. Ao chegar no piso inferior da casa, foi direto para a cozinha, onde viu a mãe e a irmã, ambas com expressão triste, sentadas à mesa. Ele pegou uma maçã na geladeira e também sentou-se. – Filho – disse Miriam – você se lembra da minha cabeleireira, certo? – Sim, mãe. A Laura. Você conversou com ela hoje, mais cedo.